quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


Descoberta estrela quase tão antiga quanto o universo

Por , de INFO Online
 
• Quarta-feira, 16 de janeiro de 2013 - 08h57
Divulgação/Nasa
São Paulo – Astrônomos da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, identificaram a HD 140283 como a estrela mais antiga já encontrada no universo. A estimativa é que ela tenha entre 13,2 bilhões de anos.
A descoberta foi publicada na revista científica Nature. A HD 140283 já é alvo de estudo dos astrônomos há mais de um século. Ela é formada por hidrogênio e hélio, os mesmos componentes do Sol, e está a 190 anos-luz do Sistema Solar.

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  • • 15/0Para determinar a idade de HD 140283, os astrônomos usaram imagens capturadas pelo Telescópio Espacial Hubble. Eles fixaram a distância entre a estrela e o Sistema Solar, mediram o brilho dela e sua composição química. Então, eles descobriram que o hidrogênio em seu núcleo está se esgotando. Isso diminui a luminosidade da estrela lentamente e representa um indicador de sua idade.
O resultado apontou que a estrela tem 13,2 bilhões de anos e ela pode ser ainda mais antiga do que isso porque existe uma margem de erro de 700 milhões de anos para mais ou para menos. A grande explosão que originou o universo, o Big Bang, aconteceu há 13,7 bilhões anos. Portanto, a estrela é quase tão antiga quando o universo.
Até então, a estrela mais antiga era Methuselah 2 com 13,2 bilhões de anos. Porém, os pesquisadores afirmam que a idade de HD 140283 foi determinada com mais precisão.


GlieseGliese 581 é uma estrela anã vermelha de tipo espectral M3V localizada a 20,3 anos-luz da Terra, naconstelação da Libra. A a massa estimada da estrela é cerca um terço da massa solar. É o 89º sistema solar mais próximo do Sol.[1] A orbitar Gliese 581 existem seis planetas (por ordem crescente a contar de Gliese 581): Gliese 581 e, Gliese 581 b, Gliese 581 c, Gliese 581 g, Gliese 581 d e Gliese 581 f.[2][3]

Gliese 581 é famosa por ser a estrela em volta da qual orbita o provável primeiro planeta potencialmente habitável fora do Sistema Solar,Gliese 581 c, que foi descoberto em abril de 2007.[4] Gliese 581 tem aproximadamente um terço da massa do Sol e fica situada a 20,3 anos-luz na constelação de Libra. A descoberta do planeta foi anunciada por astrônomos de FrançaPortugal e Suíça em 24 de abril de 2007, e liderada por Stéphane Udry do Observatório de Genebra usando o instrumento HARPS do ESO (Observatório Europeu do Sul), localizado no Chile. A equipe usou a técnica de velocidade radial.
Em 29 de setembro de 2010, astrônomos do Observatório W. M. Keck anunciaram a descoberta de Gliese 581 f e Gliese 581 g, ambos com órbitas praticamente circulares. Gliese 581 g tem uma massa de 3-4massas terrestres, com um período orbital de 37 dias, e provavelmente está na zona habitável de Gliese 581. No planeta há acoplamento de maré, ou seja, um lado dele está sempre virado para a estrela.[3]

Índice

  [esconder

[editar]Estrela

Comparação do tamanho do Sol (esquerda) e Gliese 581 (direita).
O nome Gliese 581 refere-se ao número de catálogo do Catálogo Gliese de estrelas próximas. Outros nomes para essa estrela são BD-07° 4003 (do Catálogo Durchmusterung) e HO Librae (designação de estrela variável). Gliese 581 não tem um nome individual como Siriusou Procyon.[5][6] A estrela é uma anã vermelha com tipo espectralM3V, e está localizada a cerca de dois graus a norte de Beta Librae, a estrela mais brilhante da constelação de Libra. Gliese 581 é a 87ª estrela mais próxima ao Sol conhecida.[7]
Uma estrela anã de classe M como Gliese 581 tem uma massa muito menor que a do Sol, o que faz com que a região do núcleo da estrela queime hidrogênio mais lentamente. A partir da magnitude aparente e distância, pode-se estimar uma temperatura efetiva de 3.200 kelvin e uma luminosidade visual de 0,2% da luminosidade do Sol.[8]
Um planeta precisa de estar situado muito perto de Gliese 581, para assim receber uma quantidade de energia parecida à que a Terra recebe do Sol. A região em torno de uma estrela em que um planeta receberia aproximadamente a mesma energia que a Terra recebe é chamada de zona habitável. A extensão dessa zona não é fixa e muda muito de estrela para estrela.[9]

[editar]Sistema Planetário

Existem seis planetas confirmados a orbitar Gliese 581[10]:
  • Gl 581 b - Um planeta gasoso, massa de 5 vezes a da Terra
  • Gl 581 d - Um planeta rochoso,[carece de fontes] com massa oito vezes maior que a Terra. O seu período orbital é de 66,8 dias terrestres. Se apresentar gases de efeito de estufa, é possível que seja um planeta com maior probabilidade de ser habitável do que Gl 581 c.
  • Gl 581 e - O planeta que está mais próximo da sua estrela, tem uma massa de apenas 1,9 vezes a massa da Terra.
  • Gl 581 f - Planeta com massa de 7 vezes a da Terra, e o mais distante em relação à estrela que orbita.
  • Gl 581 g - Planeta rochoso, até agora, o planeta que mais tem hipóteses de abrigar vida, além da Terra, com cerca de 90% de probabilidade,[11] sua massa é de 3 a 4 vezes a da Terra está na chamada zona habitável e esta no meio de 2 planetas um quente outro frio.

 581


Energia escura é real, dizem astrônomos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/09/2012
Energia escura é real, dizem astrônomos
Os mapas extragalácticos selecionados pelos pesquisadores como relevantes são mostrados como conchas, representando uma distância crescente da Terra, da esquerda para a direita. [Imagem: Terra: NASA/BlueEarth; Via Láctea: ESO/S.Brunier;CMB:NASA/WMAP]
Realidade desconhecida
Energia escura, a misteriosa força teorizada para explicar a aceleração da expansão do Universo, "está realmente lá".
É o que garante uma equipe de astrônomos das universidades de Portsmouth e Munique.
Ao término de um estudo que durou dois anos, os astrônomos concluíram que a probabilidade da existência real da energia escura é de 99,996%.
"A energia escura é um dos maiores mistérios científicos do nosso tempo, por isso não surpreende que muitos pesquisadores questionem sua existência," comentou Bob Nichol, membro da equipe.
"Mas, com nosso trabalho, estamos mais confiantes do que nunca que esse exótico componente do Universo é real - ainda que nós continuemos sem saber do que ela é feita," acrescentou.
Conchas de Universo
Os dados analisados pela equipe assumiram a forma de uma série de conchas sobrepostas.
Os mapas extragalácticos selecionados pelos pesquisadores como relevantes são mostrados como conchas, representando uma distância crescente da Terra, da esquerda para a direita.
O objeto mais próximo visto nos mapas é a nossa galáxia, a Via Láctea, que é uma potencial fonte de ruído para a análise dos objetos mais distantes.
A seguir estão seis conchas contendo mapas de milhões de galáxias distantes utilizadas no estudo.
Estes mapas foram produzidos com diferentes telescópios, em comprimentos de onda diferentes, e foram codificados por cores para mostrar aglomerados de galáxias mais densos em vermelho e menos densos em azul - existem furos nos mapas, devido a cortes efetuados por diferenças de qualidade dos dados.
A última e maior concha mostra a temperatura da radiação cósmica de fundo detectada pela sonda espacial WMAP (vermelho é quente, azul é frio), que é a imagem mais distante do Universo já vista, alcançando cerca de 46 bilhões de anos-luz de distância.
A equipe afirma ter detectado, com 99,996% de significância, correlações muito pequenas entre os mapas de primeiro plano (à esquerda) e a radiação cósmica de fundo (à direita).
Efeito Integrado Sachs Wolfe
Na falta da energia escura, ou de uma grande curvatura no Universo, não deveria haver correspondência entre os mapas da distante radiação cósmica de fundo e das galáxias mais próximas, do chamado Universo Local.
A existência da energia escura, por outro lado, produz um efeito estranho e contraintuitivo, pelo qual os fótons da radiação cósmica de fundo ganham energia conforme viajam através de grandes aglomerados de matéria.
Conhecido como Efeito Integrado Sachs Wolfe - em referência a Rainer Sachs e Arthur Wolfe - o fenômeno foi detectado pela primeira vez em 2003, mas era tão pequeno que os resultados foram questionados e atribuídos à poeira presente na nossa galáxia.
Agora, os cientistas alegam ter re-examinado todos os argumentos contra aquela detecção, assim como melhorado os mapas.
E chegaram ao índice de precisão alegado - de 99,996% - que é similar ao atribuído ao Bóson de Higgs detectado recentemente pelo LHC.
Sempre Einstein
"Este trabalho nos fala a respeito de possíveis modificações à Teoria da Relatividade Geral de Einstein," afirmou Tommaso Giannantonio, que coordenou os estudos.
"A próxima geração de rastreios de galáxias e da radiação cósmica de fundo deverá fornecer uma medição definitiva, ou confirmando a relatividade geral, incluindo a energia escura, ou, de forma ainda mais intrigante, exigindo um entendimento completamente novo de como a gravidade funciona," concluiu.

Voyager descobre "rodovia magnética" na fronteira do Sistema Solar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/12/2012
Voyager descobre
Os cientistas acreditam que, tão logo cruze a "rodovia magnética", a Voyager 1 estará no espaço interestelar, já fora do Sistema Solar.[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Rodovia magnética
A sonda espacial Voyager 1 está prestes a se tornar o primeiro objeto construído pelo homem a navegar pelo espaço interestelar.
O problema é que os astrônomos não sabem exatamente quando isso irá acontecer porque a região é totalmente inexplorada - é a própria Voyager que está traçando o primeiro mapa dos confins do Sistema Solar.
Agora, por exemplo, ela acaba de descobrir algo totalmente desconhecido: uma "rodovia magnética".
Trata-se de uma conexão entre as linhas do campo magnético do Sol e as linhas do campo magnético interestelar.
Essa conexão guia as partículas de baixa energia geradas em nossa heliosfera - a bolha de partículas carregadas que o Sol dispara em todas as direções - para fora do Sistema Solar.
E também permite que as partículas que veem do espaço interestelar entrem no Sistema Solar.
Os dados da Voyager mostram que o entrar e sair das partículas segue um cursobem ordenado que acompanha as linhas magnéticas - uma rodovia magnética.
Fronteira final
Esse tipo de interação entre os campos magnéticos locais e o magnetismo externo já foi observado em outras estrelas pelo Telescópio Espacial Hubble, o que faz os cientistas acreditarem que agora a Voyager está realmente próxima da "fronteira final".
"Nós acreditamos que esta seja a última perna da nossa jornada para o espaço interestelar. Nossas melhores previsões é que vamos atingi-lo em algum momento entre alguns meses até cerca de dois anos," disse Edward Stone, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
A Voyager 1 - e sua gêmea Voyager 2, que segue no sentido oposto - foram lançadas em 1977, quando ainda não existiam telefones celulares, nem internet, nem computadores pessoais - e, muito provavelmente, nem mesmo você.

Maiores estrelas do Universo
Combinando medições feitas por instrumentos do Very Large Telescope  do ESO (Observatório Europeu do Sul), astrônomos descobriram as estrelas de maior massa conhecidas até hoje, inclusive aquela que agora merece o título de "maior estrela do Universo" quando o critério é a massa, e não o diâmetro.
Chamada pelos cientistas, na falta de hiperlativos, de "estrela hipergigante", ela tem mais de 300 vezes a massa do Sol - isto é duas vezes mais do que os astrônomos acreditavam até hoje ser o tamanho máximo de uma estrela, que se calculava ser de 150 massas solares.
A existência dessas estrelas monstruosas - milhões de vezes mais luminosas do que o Sol, e que perdem massa através de poderosos ventos estelares - reabre a questão, mas também poderá ajudar a responder a pergunta "Qual é o tamanho máximo que uma estrela pode ter?" Por enquanto, elas podem ser tão grandes quanto a mais pesada que pudemos encontrar.
A R136a1 não é apenas a estrela de maior massa já encontrada, mas é também a que apresenta a maior luminosidade, sendo cerca de 10 milhões de vezes maisbrilhante do que o Sol.
"Devido à raridade de tais objetos, penso que será bastante improvável que este novo recorde seja batido rapidamente," diz Paul Crowther, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, que chefiou a equipe que fez a descoberta.
Fábricas cósmicas
Os astrônomos utilizaram imagens do VLT e do Telescópio Espacial Hubble para estudar detalhadamente dois enxames estelares jovens, NGC 3603 e RMC 136a.
O NGC 3603 é uma fábrica cósmica, onde novas estrelas formam-se em um ritmo frenético a partir das extensas nuvens de gás e poeira da nebulosa, situada a cerca de 22.000 anos-luz de distância.
O RMC 136a (mais conhecido por R136) é outro enxame estelar composto por estrelas jovens, quentes e de grande massa, que se situa no interior da Nebulosa da Tarântula, numa das nossas galáxias vizinhas, a Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 165.000 anos-luz de distância.
Durante a pesquisa, a equipe encontrou várias estrelas com temperaturas superficiais de mais de 40.000 graus Celsius, ou seja, mais de sete vezes mais quentes do que o nosso Sol, algumas dezenas de vezes maiores e vários milhões de vezes mais brilhantes.
Maior estrela do Universo
Comparações com modelos estelares levaram à conclusão de que várias destas estrelas nasceram com massas superiores a 150 massas solares.
A estrela R136a1, encontrada no enxame R136, é a estrela de maior massa conhecida até agora, com uma massa atual de cerca de 265 massas solares e com uma massa de 320 vezes a massa do Sol na época do seu nascimento.
No NGC 3603, os astrônomos puderam também medir diretamente a massa de duas estrelas que pertencem a um sistema de estrela dupla, de modo a validar os modelos utilizados. As estrelas A1, B e C neste enxame têm massas estimadas, no momento do seu nascimento, acima ou próximas de 150 massas solares.
A estrela A1 do NGC 3603 é uma estrela dupla, com um período orbital de 3,77 dias. As duas estrelas do sistema têm, respectivamente, 120 e 92 vezes a massa do Sol, o que significa que se formaram com as massas respectivas de 148 e 106 massas solares.
Maior estrela do Universo
O RMC 136a, o lar da maior estrela do Universo, é um enxame estelar composto por estrelas jovens, quentes e de grande massa, que se situa no interior da Nebulosa da Tarântula, numa das nossas galáxias vizinhas, a Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 165.000 anos-luz de distância. [Imagem: ESO/P. Crowther/C.J. Evans]
Estrelas superpesadas
Se a R136a1 substituísse o Sol no nosso Sistema Solar - mantidas as distâncias relativas - ela seria mais brilhante do que o Sol na mesma proporção que o Sol é mais brilhante que a Lua Cheia.
"A sua elevada massa reduziria o tamanho do ano na Terra de cerca de três semanas, e a Terra seria banhada por uma radiação ultravioleta incrivelmente intensa, o que tornaria impossível a existência de vida no nosso planeta," diz Raphael Hirschi, da Universidade de Keele, também pertencente à equipe.
Estas estrelas superpesadas são extremamente raras, formando-se apenas no interior dos enxames estelares mais densos. Distinguir estrelas individuais - o que foi agora conseguido pela primeira vez - requer uma resolução extraordinária, só alcançada pelos modernos instrumentos infravermelhos do VLT.
A equipe também estimou a massa máxima possível das estrelas pertencentes a estes enxames e o número relativo de estrelas de maior massa.
"As estrelas menores têm um limite inferior para a massa de aproximadamente oitenta vezes a massa de Júpiter, limite abaixo do qual se tornam 'estrelas falidas' ou anãs-marrons," diz Olivier Schnurr, do Astrophysikalisches Institut Potsdam. "Os nossos novos resultados apoiam a ideia anterior de que também existe um limite superior para a massa das estrelas, embora os resultados subam este limite por um fator de dois, para cerca de 300 massas solares."
Ventos das estrelas
Estrelas de grande massa produzem ventos muito poderosos, por meio dos quais elas vão aos poucos perdendo massa.
"Contrariamente aos humanos, estas estrelas nascem muito pesadas e vão perdendo peso à medida que envelhecem," diz Paul Crowther. "Com um pouco mais de um milhão de anos, a maior delas, a R136a1, encontra-se já na 'meia-idade' e passou por um intenso regime de perda de peso, tendo já perdido um quinto da sua massa inicial nesse período, o que corresponde a mais de cinquenta massas solares."
No interior do R136, apenas quatro estrelas pesavam mais do que 150 massas solares no momento do seu nascimento. No entanto, sozinhas, elas são responsáveis por praticamente metade do vento estelar e da radiação liberada por todo o enxame.
A R136a1 libera energia para o meio ao seu redor cinquenta vezes maior do que o enxame da Nebulosa de Órion, a região de formação de estrelas de grande massa mais próxima da Terra.
Supernovas instáveis
Compreender a formação de estrelas de grande massa é, por si só, algo muito complexo, devido às suas vidas muito curtas e seus ventos poderosos.
Se não fosse o suficiente, a identificação de casos tão extremos como a R136a1 complica ainda mais o já elevado desafio posto às teorias. "Ou estas estrelas se formaram já muito grandes ou então estrelas menores fundiram-se para as produzirem," explica Crowther.
Estrelas com massas entre 8 e 150 massas solares explodem no final das suas curtas vidas sob a forma de supernovas, das quais restam objetos exóticos, como estrelas de nêutrons ou buracos negros.
Tendo agora estabelecido a existência de estrelas com massas compreendidas entre 150 e 300 massas solares, os astrônomos levantam a hipótese da existência de objetos excepcionalmente brilhantes, "supernovas instáveis", que explodiriam completamente, sem deixar restos de espécie alguma, e que liberariam até cerca de dez massas solares de ferro para o meio interestelar.